Você está gastando mais do que deveria nas entregas? Saiba como identificar e corrigir

Se no fim do mês a conta das entregas pesa mais do que deveria, calma, isso é mais comum do que parece. O problema raramente é um único erro isolado; quase sempre são acúmulos de pequenas ineficiências que viram grande impacto financeiro. Neste texto você vai aprender a identificar onde estão esses vazamentos de custo e ver ações práticas (e imediatas) para cortar gastos sem perder qualidade no serviço.

Como perceber que algo está errado (sinais para ficar atento)

Antes de qualquer ação, confirme os sinais. Veja se você reconhece algum destes na sua operação:

  • O custo por entrega subiu nos últimos meses mesmo com volume estável.
  • Muitos reentregas, endereços incorretos ou pedidos cancelados depois da coleta.
  • Entregadores passam tempo ocioso ou fazem trajetos “de volta” que não fazem sentido.
  • Alto número de chamadas de clientes perguntando onde está o pedido.
  • Taxas e comissões das plataformas parecem “comer” parte demais da margem.

Se respondeu “sim” para qualquer item acima, há espaço (e oportunidade) para otimizar.

Principais causas que incham o custo das entregas

  1. Rotas mal planejadas
    Trajetos improvisados aumentam quilômetros rodados e o tempo por entrega.
  2. Alocação ineficiente de entregadores
    Se os pedidos não vão para quem está mais próximo ou disponível, vira desperdício de tempo.
  3. Falta de integração entre plataformas
    Retrabalho manual, pedidos duplicados ou erros de digitação custam tempo e geram reentregas.
  4. Falta de visibilidade (monitoramento fraco)
    Sem dados em tempo real, sua equipe corre mais para apagar incêndio do que para evitar o problema.
  5. Modelo de entregas inadequado (próprios x nuvem x central)
    Usar só entregadores próprios ou só terceiros pode sair caro dependendo do horário/pico.
  6. Processos operacionais pouco padronizados
    Embalagens inadequadas, procedimentos de conferência falhos, e checagens ausentes aumentam reentregas e reclamações.

Métricas simples para diagnosticar o problema (comece por aqui)

Colete dados por 2–4 semanas e olhe com atenção para:

  • Custo por entrega (R$) — total de custo operacional / entregas realizadas.
  • Tempo médio por entrega (min) — do preparo à conclusão.
  • Quilômetros médios por entrega (km) — ajuda a ver desperdício com rotas.
  • Reentregas % — quantos pedidos exigiram uma segunda tentativa.
  • Tempo ocioso por entregador (min/dia) — identifica má alocação.
  • Taxas/Comissões (% do pedido) — quanto as plataformas tiram da sua margem.

Esses números mostram onde atacar primeiro.
Medidas práticas para reduzir custos (e que você pode aplicar já)

1. Roteirização inteligente

Automatize a montagem das rotas considerando trânsito, janelas de entrega e prioridade dos pedidos. A redução de quilômetros e minutos por entrega vem rápido.

2. Alocação automática de entregas

Deixe a plataforma distribuir pedidos para o entregador ideal — o que está mais próximo, com capacidade e sem horário de almoço agora. Menos escolha manual = menos ineficiência.

3. Monitoramento em tempo real e alertas

Com visibilidade você evita reentregas, corrige desvios e responde ao cliente sem fazer mil ligações. Isso economiza tempo e reduz reclamações.

4. Integrações com marketplaces e PDV

Conectar iFood, Cardápio Web, Anota Aí (e outros) elimina a necessidade de “copiar e colar” pedidos — e as falhas associadas.

5. Misturar modelos de entregas (híbrido)

Use entregadores próprios em horários previsíveis e complemente com entregadores nuvem nas pontas de pico. Assim você escala sem inflar custos fixos.

6. Padronize processos e embalagem

Embale para evitar vazamentos/derramamentos e crie checklists rápidos para conferência. Pequenos ajustes aqui reduzem reentregas.

7. Negocie taxas e revise parcerias

Analise se vale a pena todo volume em uma plataforma ou diversificar. Negociações e escolha inteligente de canais afetam muito a margem.

8. Treine e incentive entregadores

Motoristas que conhecem as melhores práticas entregam mais e com menos retrabalho. Programas de incentivo por performance ajudam muito.

Exemplo prático — uma conta simples

Suponha que sua operação faça 1.000 entregas/mês e o custo atual por entrega seja R$ 8,00 → custo total R$ 8.000.
Com roteirização e alocação automáticas você reduz esse custo para R$ 6,80 (economia de 15%).

Novo custo: 1.000 × R$ 6,80 = R$ 6.800 → economia de R$ 1.200/mês.
Esse mesmo investimento tecnológico pode se pagar em poucas semanas dependendo do seu volume.

Exemplo prático — uma conta simples

Suponha que sua operação faça 1.000 entregas/mês e o custo atual por entrega seja R$ 8,00 → custo total R$ 8.000.
Com roteirização e alocação automáticas você reduz esse custo para R$ 6,80 (economia de 15%).

Novo custo: 1.000 × R$ 6,80 = R$ 6.800 → economia de R$ 1.200/mês.
Esse mesmo investimento tecnológico pode se pagar em poucas semanas dependendo do seu volume.

Checklist rápido — o que implementar primeiro (ordem recomendada)

  1. Ative integrações automáticas com suas plataformas de pedidos.
  2. Ligue a roteirização e deixe em modo automático nas entregas rotineiras.
  3. Habilite monitoramento em tempo real e configure alertas.
  4. Meça custo por entrega e reentregas por 30 dias.
  5. Ajuste modelo (próprios/nuvem) conforme os picos identificados.
  6. Treine entregadores nas melhores práticas.

Conclusão — gaste menos sem abrir mão da qualidade

Cortar custos não precisa significar reduzir serviço. Pelo contrário: entregar melhor é o caminho mais seguro para reduzir gastos e aumentar receita. O segredo está em identificar os pontos de desperdício (com dados) e aplicar soluções simples: automação, roteirização, integração e processos claros.



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